O que são os DIUs?
Os dispositivos intrauterinos (DIUs) fazem parte de um grupo de contraceptivos chamados “LARC”- Long Acting Reversible Contraception. São métodos de longa duração, que garantem proteção por anos, têm alta eficácia e efetividade em contracepção.
São dispositivos em formato de bastões, com 2 hastes em suas extremidades, em formato de T ou ômega Ω, e que medem em torno de 28-32mm
Uma vez inseridos e bem-posicionados, não dependem que a mulher ou o casal tenham que ficar lembrando do seu uso, como ocorrem, por exemplo, com a pílula anticoncepcional, que deve ser tomada diariamente e sempre no mesmo horário; ou com a camisinha, que deve ser colocada antes de cada relação sexual.
Tipos de DIU
Os DIUs podem ser divididos em não hormonais, como os de cobre e prata; e os hormonais, composto pela progesterona Levonorgestrel. Apesar de diferentes mecanismos, ambos os tipos de DIUs tem alta eficácia contraceptiva. A seguir, veremos mais como eles funcionam.
1. DIU sem hormônio (cobre; cobre e prata):
O cobre causa uma reação inflamatória no endométrio, interferem na vitalidade e motilidade do espermatozoide e na fertilização do óvulo. O DIU de prata, na verdade possui em sua composição o cobre e a prata, servindo a prata nesse caso para diminuir a fragmentação do cobre, o tornando mais eficaz. A taxa de falha desse método é de apenas 0,8% de mulheres por ano de uso (Índice de Pearl).
2. DIU hormonal:
Devido à ação hormonal local, ocorrem atrofia do endométrio, alteração do muco e motilidade tubária; que garantem a contracepção. Aqui a taxa de falha do método é de cerca de 0,2% de mulheres por ano de uso (Índice de Pearl). O DIU hormonal encontra indicação não só como anticoncepcional, mas também no tratamento de adenomiose, endometriose, dismenorreia, hiperplasia endometrial e proteção endometrial na menopausa.

DIU Mirena e DIU de cobre
DIU: Quanto tempo dura?
A seguir veja a tabela com os tipos de DIUs e a duração de cada um:
Tabela de DIU
Tipo de DIU | Duração |
---|---|
DIU Mirena | 5-7 anos |
DIU Kyleena | 5 anos |
DIU cobre | 10 anos |
DIU prata | 5 anos |
Como colocar o DIU? E colocar o DIU dói?
Uma dúvida muito comum entre as mulheres é de como colocar o DIU, assim como se dói para colocar o DIU.
A inserção do DIU pode ser feita no consultório ou no centro cirúrgico sob anestesia. Essa escolha vai depender principalmente da preferência da mulher.
A técnica para colocar o DIU é feita com a paciente em posição ginecológica e passagem de um espéculo para identificar o colo do útero (assim como é feito para colher o Papanicolau).
Existe a possibilidade da inserção do DIU sob anestesia. Geralmente é realizado uma sedação e analgesia, em que a paciente dorme e não sente dor durante o procedimento. Para a realização da anestesia, a paciente tem que estar necessariamente monitorizada no centro cirúrgico hospitalar.
Quando a paciente opta pela inserção no consultório, não é realizada a sedação, logo a paciente fica acordada durante o procedimento. Anestesia local no colo do útero pode ser realizada.
Sempre oriento às minhas pacientes o passo a passo para colocar o DIU, pois entendendo todo o processo, fica mais fácil passar por ele. Teremos então “3 cólicas” durante a inserção: a primeira cólica será no pinçamento do colo; a segunda quando medimos o útero e a terceira ao passar o insertor do DIU.
Lembrando que, mesmo que haja anestesia durante o procedimento, é comum ter cólicas nos dias seguintes a inserção do DIU. Remédios analgésicos são prescritos para casa, caso necessário.
Onde colocar o DIU?
Após entender esse processo, o próximo passo é decidir sobre colocar o DIU no consultório ou no centro cirúrgico.
No consultório, o DIU não requer anestesia. Essa opção é aconselhada para mulheres que têm tolerância muito boa para dor. Como a dor não é empecilho, as “3 cólicas” serão facilmente toleradas. A vantagem dessa opção é que, finalizado a inserção, a paciente é imediatamente liberada, sem qualquer alteração de sua rotina.
No centro cirúrgico, a técnica é feita com a paciente sob anestesia e com a complementação da histeroscopia, que permite a visualização direta do DIU dentro do útero. Por ser um procedimento cirúrgico, a mulher precisa estar em jejum e após o procedimento precisa aguardar a recuperação pós-anestésica antes de ir para casa. Essa opção também é indicada caso seja necessário avaliação da cavidade do útero, do endométrio ou em caso de alguma distorção da anatomia do útero.

Imagem de Histeroscopia com DIU na cavidade
DIU: Efeitos Colaterais
Os efeitos colaterais dependem da escolha do tipo de DIU: hormonal ou não hormonal.
O DIU não hormonal (cobre ou prata), preserva o ciclo menstrual da mulher, mantendo o sangramento menstrual, podendo ocorrer como efeito colateral um aumento do fluxo da menstruação e uma piora das cólicas. Neste caso, não costumamos recomendar esse método caso a mulher já tenha cólicas mais intensas ou um fluxo menstrual habitual mais forte.
O DIU hormonal pode levar a parada da menstruação em 50% dos casos. Mas mesmo as mulheres que mantém a menstruação, passam a apresentar um fluxo menstrual muito mais leve, com melhora importante das cólicas. O DIU hormonal pode levar a um aumento da acne, dor de cabeça e náuseas.
DIU Engorda?
Muitas mulheres querem saber se o DIU engorda? E a resposta é não! O uso do DIU não leva ao ganho de peso ou de gordura. Um pouco de retenção hídrica pode ocorrer em pacientes em uso do DIU hormonal, mas esse efeito é mais considerável nos 6 primeiros meses de uso, durante a fase de adaptação.
Custo-benefício do DIU
Apesar de impactar quando vemos o valor do DIU, o custo-benefício a longo prazo acaba compensando. Por serem métodos de longa duração, a mulher irá usá-lo por um prazo de cinco a dez anos, a depender do tipo de DIU e da sua vontade.
Quando comparamos o quanto gastamos mensalmente com, por exemplo, as pílulas anticoncepcionais, e multiplicar isso pelo tempo de cinco anos, vemos o quanto compensa o preço do DIU.
Qual é o melhor DIU?
Não existe o melhor DIU, assim como não existe o melhor anticoncepcional, tudo dependerá da adaptação e do que a mulher deseja naquele momento. Para se preparar para o DIU, uma boa estratégia é: (1) decidir qual tipo de DIU, (2) a técnica de inserção, (3) o local de inserção e (4) entender os possíveis efeitos colaterais. Esses quatro tópicos mudarão completamente sua experiência com o DIU.
Por isso, antes de decidir, escolha uma ginecologista experiente no assunto. Conversem abertamente, esclareça suas dúvidas e definam juntas o que é melhor para você.
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DRA CAROLINA LEMOS
Ginecologista em São Paulo - SP
Dra. Carolina Lemos é uma ginecologista e obstetra que valoriza confiança e informação. Sua abordagem leve e acolhedora transforma consultas em ambientes agradáveis. Especialista em cirurgia minimamente invasiva, foca em cuidados personalizados para a saúde feminina.
CRM SP 204509 - RQE 108607
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