O que são os ovários?
Os ovários são órgãos pélvicos que fazem parte do sistema reprodutor da mulher. São em número de dois, um em cada lado da pelve, e são responsáveis pela produção de hormônios do período da vida da mulher chamado menacme. São neles também que os folículos ficam armazenados, liberando os oócitos durante a ovulação.
É comum o surgimento de cistos, massas ou tumores ovarianos durante a vida, podendo ser eles funcionais, benignos, infecciosos ou malignos (câncer). A maioria dessas afecções dos ovários são assintomáticas ou causam poucos sintomas, como desconforto abdominal. A decisão de realizar um tratamento cirúrgico nesses casos, irá depender do tamanho, da origem, do crescimento, sintomatologia, se houve rompimento do cisto, entre outros fatores.
Ou seja, nem todos os cistos ou tumores de ovários precisam de cirurgia!

Imagem da pelve: útero e ovários
Cisto Hemorrágico
Uma causa muito comum de cisto no ovário em pacientes jovens é o cisto hemorrágico. A cada ciclo menstrual, nós mulheres liberamos um folículo, que por influência hormonal irá crescer na tentativa de gerar uma gestação. Quando a gestação não ocorre, o corpo lúteo é formado e com o tempo é absorvido pelo próprio corpo.
Em algumas mulheres esse corpo lúteo persiste, coletando sangue em seu interior, o qual chamamos de cisto hemorrágico. Esse cisto pode vir a ficar de grandes dimensões, causando dor pélvica importante. Muitas vezes sendo necessário a ida ao pronto-socorro ou até mesmo uma internação para controle de dor com analgesia intravenosa.
Quanto maior for o tamanho do cisto, maior a chance dele se romper, causando um sangramento abdominal e até um choque hemorrágico. Quando um cisto se rompe, causando anemia e/ou instabilidade hemodinâmica, a cirurgia para controle de sangramento e remoção do cisto se faz necessária.
Cistos Dermoides
Outro caso muito prevalente de tumores ovarianos nas mulheres são os chamados cistos dermoides ou teratomas maduros. Neles, tecido germinativo leva a produção de um tumor sólido-cístico no qual podem ser frequentemente encontrados gordura, cabelos e até dente. É uma condição benigna, que não costuma causar sintomas. Sua principal indicação cirúrgica está no tamanho, pois podem atingir grandes diâmetros, comprometendo a reserva ovariana e aumentando o risco de torção do ovário.
Abscesso tubo-ovariano
Os abscessos tubo-ovarianos são consequências da doença inflamatória pélvica (DIP). A DIP é uma infecção do trato genital feminino superior, que pode comprometer útero, tubas uterinas e ovários causando consequências imediatas, como a inflamação destes órgãos e de estruturas adjacentes.
A doença inflamatória pélvica aguda pode causar poucos sintomas, mas também pode se manifestar com dor, corrimento vaginal, febre.
O abscesso tubo-ovariano é uma das manifestações da DIP. É uma coleção de pus que envolve a tuba, ovário e estruturas adjacentes e pode causar dor no local. O tratamento com antibióticos deve ser instituído assim que houver a suspeita de DIP. E em casos de abscessos tubo-ovarianos acima de 10 cm ou em casos em que não há melhora clínica da paciente, a cirurgia para remoção desse abscesso deve ser realizada.
As consequências tardias da doença inflamatória pélvica quando não tratada são a dor pélvica crônica e infertilidade.
Endometrioma
A endometriose quando acomete o ovário é chamada de endometrioma. Trata-se de um cisto que surge de tecido endometrial ectópico, com deposição de hemossiderina em seu interior.
As indicações cirúrgicas para tratamento de um endometrioma incluem dores pélvicas que não melhoram com o tratamento clínico, infertilidade e cistos de grande volume.
A técnica cirúrgica empregada é a da ooforoplastia pela cistectomia, que nada mais é do que a retirada do cisto, mantendo o tecido ovário íntegro.
Indicações de cirurgias no ovário
Vimos então que nem todo cisto ou tumor de ovário precisa de cirurgia. É necessário entender que as indicações para as cirurgias de ovário não são categóricas, ou seja, não operamos todos os cistos só porque eles têm 5 cm no ultrassom ou só porque eles causam dor.
Sempre devemos ter cautela em indicar uma cirurgia de ovário, pois ela pode interferir diretamente na reserva ovariana e na fertilidade de pacientes jovens. E, por ser um procedimento cirúrgico, não está isenta de complicações como infecção e sangramento.
As indicações devem ser individualizadas e o acompanhamento deve ser feito com um profissional experiente no assunto. A decisão de operar ou não, irá depender de características da paciente e do cisto. Devemos levar em consideração o tipo de cisto encontrado, tamanho, sintomas associados, velocidade de crescimento e risco de torção ou rompimento. Caso haja dúvida sobre o tumor ser benigno ou maligno, a cirurgia deve ser prontamente realizada para que o ovário seja encaminhado para estudo anatomopatológico e diagnóstico apropriado.
Ooforoplastia e ooforectomia: Cirurgias de cisto do ovário
Quando há a necessidade de cirurgia, temos como opções a ooforoplastia ou a ooforectomia.
Na ooforoplastia o ovário é preservado, sendo removido apenas a patologia, como cistos ou tumores. Por se tratar de uma glândula produtora de hormônios, a ideia aqui é preservar o tecido ovariano e a sua função.
Já na ooforectomia, todo o ovário é removido. É indicado quando há um grande comprometimento do ovário pela patologia. Em pacientes na menopausa, é sempre indicada a ooforectomia, pois a função do ovário na produção de hormônios já não existe mais e ele pode ser removido sem prejuízo para a mulher.
Os ovários são órgãos pélvicos em número de dois, encontrados um em cada lado da pelve. A abordagem aos ovários pode ser unilateral ou bilateral. Isto irá depender, por exemplo, se existe cisto ou tumores em apenas um ou nos dois ovários. Caso a paciente já esteja na menopausa, existe a possibilidade de ser realizado cirurgia nos dois ovários, caso haja necessidade, para prevenção na formação de novos tumores no futuro.
Tratamento por videolaparoscopia
Para cirurgias benignas do ovário a via minimamente invasiva é a preferencial, através da ooforoplastia e ooforectomia laparoscópica. Nela, pequenas incisões de 5-12mm são feitas no abdome, sem necessidade de grandes cortes.
Na grande maioria das pacientes, a videolaparoscopia pode ser indicada. Quando contraindicada, como em casos de instabilidade hemodinâmica ou grandes tumores, a via abdominal é a eleita.
Nas ooforoplastias e ooforectomias, a recuperação pós-cirúrgica é menos dolorosa e mais rápida, podendo a paciente retornar às atividades habituais em cerca de uma semana.
Complicações da ooforoplastia ou ooforectomia através da cirurgia laparoscópica são menores que por via abdominal, sendo considerado um procedimento menos perigoso. Mesmo assim, é um ato cirúrgico e complicações como sangramento, lesão de ureter, dor pós-operatória podem ocorrer.

Foto Centro Cirúrgico
Ooforectomia e menopausa
A cirurgia de ooforectomia bilateral, ou seja, a retirada dos dois ovários, quando realizada em mulheres na fase reprodutiva levam à menopausa precoce. Essas mulheres precisarão de terapia de reposição hormonal, caso não haja contraindicações.
A menopausa precoce pode acarretar aumento no risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e sintomas climatéricos como calorões e ressecamento vaginal. Portanto, a decisão de uma ooforectomia bilateral em pacientes jovens deve ser bem indicada e precisa.
Em mulheres que já estão na menopausa, a função do ovário na produção de hormônios é mínima. Portanto, a ooforectomia bilateral não tem grandes implicações.
Na ooforectomia unilateral, ou seja, com preservação de um dos ovários, a função do ovário que ficou consegue compensar as necessidades hormonais da mulher. Mantendo a funcionalidade hormonal normal, assim como a fertilidade.
A correta indicação de cirurgia dos ovários, assim como a escolha da melhor técnica cirúrgica, depende da experiência e do conhecimento do profissional. Agende uma consulta com a Dra. Carolina Lemos, médica especialista em Videolaparoscopia Ginecológica em São Paulo – SP.
DRA CAROLINA LEMOS
Ginecologista em São Paulo - SP
Dra. Carolina Lemos é uma ginecologista e obstetra que valoriza confiança e informação. Sua abordagem leve e acolhedora transforma consultas em ambientes agradáveis. Especialista em cirurgia minimamente invasiva, foca em cuidados personalizados para a saúde feminina.
CRM SP 204509 - RQE 108607
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